segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

DISCO DE RUBI: Secos e Molhados

A partir de hoje começa aqui uma nova “série” deste blog dedicado a música pop. “Disco de Rubi” vai aparecer uma vez por mês e sem período exato para terminar. DISCO DE RUBI é um post que vai comentar sobre aquele álbum da música brasileira que teve 60% (ou mais) de suas faixas como sucesso nacional. A título de comparação, seria o “Trilher” do Roberto Carlos ou o “Like a Prayer” da Xuxa.


Como todo mundo que gosta de música já sabe, uma vendagem de um disco de sucesso é simbolizada aqui no Brasil com os seguintes nomes: ouro, platina e diamante. Como a série nova deste blog não enfatiza diretamente as vendas e sim o número de sucessos num mesmo álbum, coloco aí embaixo a definição da pedra Rubi, que tem tudo a ver com o que a gente propõe com esta nova “nomenclatura”.


Rubi é uma pedra preciosa vermelha. Essa é valorizada de acordo com várias características, como tamanho, cor, claridade e corte. Todos os rubis naturais contem imperfeições.


Fica difícl escolher qual é o disco ideal para começar esta nova série. Para facilitar, fiz um sorteio e deu Secos e Molhados na cabeça!


Fico aliviado em começar a escrever sobre o primeiro disco dessa banda que foi liderada por Ney Matogrosso. É tão fácil mensurar o quanto esse álbum foi de uma enorme importância para a música brasileira. E duvido que você não saiba cantar pelo menos uma música dos 8 hits que este disco tem!


O álbum é de 73 e foi gravado em São Paulo, nos Estúdios Prova. O disco, além de ter vários hits – claro, foi um fenômeno em vendas e recebeu dupla certificação de disco de diamante da ABPD, o que significa mais de 2 milhões de cópias vendidas na época. O álbum vendeu 300 mil cópias em apenas dois meses, enquanto o normal era apenas 30 mil. Em menos de um ano, as vendas do disco chegaram a marca de 1 milhão de cópias, apenas Roberto Carlos vendia mais.


Além do sucesso estrondoso, esse disco e esse grupo mostraram ao Brasil, talvez pela primeira vez, como se junta imagem com música – e da boa. Sem sombra de dúvida, depois do aspecto visual do Ney, o que mais se destacava nesse trabalho é a musicalidade, que conseguiu juntar os sons da MPB da época com rock and roll, baião, folk, jazz e pop music .


O principal compositor das canções do disco foi João Ricardo, um dos integrantes do grupo. As musicas misturavam poesias com melodias, como foi feito em "Rosa de Hiroshima", que é um poema de Vinícius de Moraes.


A capa do disco, uma fotografia de Antônio Carlos Rodrigues, foi eleita a melhor do Brasil - segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal Folha de São Paulo em 2001.

O álbum ficou em quinto lugar na Lista dos 100 maiores discos da música brasileira da versão brasilieira da revista Rolling Stone. Nós reconhecimentos internacionais, foi colocado na lista "Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Ibero-americano" (Os 250 álbuns essenciais de todos os tempos de Rock Latino) da revista Al Borde, na 97ª Posição. Em 2004, a Playboy americana considerou o álbum o 95ª entre os 100 melhores discos de Rock in Roll do mundo. Foi o único álbum brasileiro na listagem.

Sem mais papo: a capa, as faixas e os clipes.

1."Sangue Latino" (João Ricardo/Paulinho Mendonça) – 2:07

2."O Vira" (J. Ricardo/Luli) – 2:12

3."O Patrão Nosso de Cada Dia" (J. Ricardo) – 3:19

4."Amor" (J. Ricardo/João Apolinário) – 2:14

5."Primavera nos Dentes" (J. Ricardo/J. Apolinário) – 4:50

6."Assim Assado" (J. Ricardo) – 2:58

7."Mulher Barriguda" (J. Ricardo/Solano Trindade) – 2:35

8."El Rey" (Gerson Conrad/J. Ricardo) – 0:58

9."Rosa de Hiroshima" (G. Conrad/Vinicius de Moraes) – 2:00

10."Prece Cósmica" (J. Ricardo/Cassiano Ricardo) – 1:57

11."Rondó do Capitão" (J. Ricardo/Manuel Bandeira) – 1:01

12."As Andorinhas" (João Ricardo/C. Ricardo) – 0:58

13."Fala" (J. Ricardo/Luli) – 3:13













Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...